sábado, 5 de dezembro de 2015

AMBIGUIDADE DA ALEGRIA DO ENSINAR E APRENDER





     Educar é um ato civilizatório que em sua subjetividade torna o desconhecido atingível.
     A contemporaneidade, na riqueza de metodologias e recursos,  possibilitou tornar este ato civilizatório em algo lúdico e permeável pela pluralidade de formatos pedagógicos.
     Anteriormente, tanto o ensinar como o aprender traziam marcas do autoritarismo do professor e a possível insatisfação do aprendente, que mantinha a postura de somente receber. As estruturas escolares em seu formato engessado, impossibilitava qualquer manifestação contrária as suas propostas vinculadas na "descarga" dos conteúdos meramente mecanicistas.  ( alusão a música Another  Brick In The Wall e texto A Maquinaria escolar).
   Conforme Varela e Alvarez-Uria, "A criança deixou de ser misturada aos adultos e de aprender a vida diretamente, através do contato com eles." (1992, p.5). Este é um dos divisores de água que separa uma sociedade onde não havia a instituição escolar daquela em que ela passa existir. A pós-modernidade realizou mudanças nesta instituições e as crianças tornam-se aprendentes em local adequado e preparado para as suas aprendizagens. As escolas dos séculos passados preparavam para a mera repetição de afazeres. A escola da atualidade pode permitir que a criança viva esta primeira fase de sua existência com aprendizagens  latentes e instigantes à fase em que se encontra.   
     Percebo em minha prática docente que quanto mais lúdico e próximo aos interesses e fase das infâncias, o aprendizado é mais eficiente e permanente. Por consequência, também saio revigorada com o sentimento de que quem dá, também recebe. Em meu cotidiano escolar, o riso farto, a procura, o silêncio, a comunicação em LIBRAS, o canto e a dança interferem nas aprendizagens concomitantemente.
     A utilização da música, atrelado as experiências corpóreas, a associação de princípios e valores trazem contornos lúdicos e suaves,  valorizando as inquietações de quem aprende em movimento contínuo.
     Portanto, aprender tem que ter o elemento da descoberta daquilo que não é sabido, com a sutileza da alegria do conhecimento.

REFERÊNCIAS
ALVAREZ-URIA, Fernando; VARELA, Juliana. A maquinaria escolar. Teoria & Educação, Porto Alegre, n.6, p. 1-17, 1992.

3 comentários:

  1. Que tal Isabel? Realmente grande experiência. Que bom que estás com o olhar apurado e que percebes que a alegria enriquece a aprendizagem e repercute inclusive no teu sentimento como educadora. Muito bom! Também opto por alegria em meus momentos de sala de aula. Continua escrevendo que estamos por aqui te acompanhando. Abraço, Betynha, Jacque e Professor Rafael (Equipe do Seminário Integrador - Turma D)

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  2. Oi Isabel! Acredito que este seja um dos textos que você disse ter postado no blog. Digo isso, porque ao ler identifiquei a citação da Maquinaria Escolar. Gostei do texto, porém, em termos de Maquinaria Escolar, você poderia ter aprofundado um pouco mais, seu texto ficou com um sentido mais amplo. Esta refelxão poderia ficar dirigida no terceiro parágrafo.
    Neste sentido, na tabela de acompanhamento, considerei a tarefa, apesar de não estar postada no moodle.Ela está sinalizada em amarelo. Isto significa que você deveria aprofundar mais, como lhe pedi, no terceiro parágrafo.
    Assim, se você citou A Maquinaria Escolar e fez alguns comentários, significa que vocẽ leu o texto, logo, sinalizei em verde onde pedia a leitura do texto A maquinaria Escolar.

    Tutoras Silvana e Paula - Interdisciplina de História - Turma D

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  3. Oi Isabel, você deve aprofundar seu texto, como foi solicitado, somente assim ele poderá contar como avaliação, pois ele não se refere a nenhuma parte específica do texto e é difícil perceber como interpretou os diferentes argumentos propostos pelos autores, seja para apontar dificuldades, estranhamentos ou discordâncias".

    Aguardamos!

    Tutoras silvana e Paula

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