terça-feira, 29 de março de 2016

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A partir da atividade proposta em nosso último encontro, temos que escolher três postagens em blogs diferentes e realizar um comentário, identificando se está adequado as orientações da articuladora do Seminário Integrador III. São essas: referencial teórico, se há imagem ou fotos, citações, relatos do cotidiano escolar,  devem elucidar ao que se propõe o título e por conseguinte o texto.
Durante a aula, em meio a falas acalouradas,  foi salientado que os comentários eram às nossas escritas e não pessoais.
Mas... Como recebê-los  e não considerá-los pessoais? Como manter um certo distanciamento dos comentários e críticas às nossas produções?
Afinal, nossas publicações no blog são produtos das nossas reflexões. Ao findá-las, muitas vezes sofremos como em dores de parto. Então, concebemos a idéia, gestamos as reflexões, sofremos enquanto consideramos os fatos, para finalmente publicarmos. Nasceu! Finalmente nossa "cria" (criação) está exposta aos olhares do mundo.
 Essa associação me faz lembrar o quanto é difícil para algumas mães receber com naturalidade, comentários e críticas aos seus filhos, quando as chamamos na escola para conversarmos. Pois, ao falarmos sobre os filhos, é como avaliar a educação por elas dada e suas falhas.
E conosco é parecido.
Em nosso blog, as postagens são como filhos que ao nascer, após o período das dores da reflexão, nascem  perfeitos, quase sem mácula segundo a visão da progenitora. Olhamos para a nossa "cria"( a produção) e imediatamente emerge um sentimento de dever cumprido e satisfatoriamente realizado. E aí...vem o comentário.
O comentário traz a palavra, que quando editada não vem sozinha.
"Uma palavra é ela e o seu contexto. Vem acompanhada de uma sonoridade, de um tom e de uma situação específica" ( ZH, A violência da linguagem, Caderno Gente desta cidade, 27/3/2016).
Receber o olhar do outro sobre nossas produções nem sempre é uma tarefa fácil.
Além de termos que lidar com nossas imperfeições, temos que acolher as imperfeições imperceptíveis a nós, as quais são sinalizadas por outros. É um aprendizado e um exercício árduo proposto pela professora Simone.
Ah!!!Para que isto ocorra é necessário manter um distanciamento do texto para abstrair as correções. Pois, quando o produzimo e o postamos já não nos pertencem mais, assim como nossos filhos.
Portanto, acolher os comentários é oportunizar-se crescer, melhorar. É "olhar com a visão do outro", sem melindres e possíveis sofrimentos.
"Ela já perdeu o chão tantas vezes, que acabou aprendendo a flutuar." (autor desconhecido.Disponível em: https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=1545444302435462&id=1543574085955817, visitado em: 29/3/2016)

2 comentários:

  1. Prezada Isabel, estive passeando pelo seu blog e lendo suas postagens. Gostei de ver que Freud e Ferreiro estiveram nas suas escritas reflexivas de 2015. Apreciei sua análise sobre a complexidade da escrita e da recepção à crítica. Tens razão que a escrita analítica tem um "tom pessoal", à medida que revela um pouco de quem somos, os caminhos teóricos que escolhemos aprofundar, as vivências que nos constituem... E isso é bom! O blog em tempos de internet é descrito como uma "ferramenta de autoria", portanto, não tenha medo de ser autora e nos ofereça a sua palavra pensada, teorizada e refletida em 2016.

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  2. Clarissa, apreciei ler teu comentário. Tenho esforçado-me em corresponder as solicitações da escrita no blog. Que bom que tenhas gostado! Att, Isabel.

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