
O aprendizado da linguagem para o desenvolvimento como pessoa.
Baseado em uma história real, ocorrida no final do século XIX, A Linguagem do Coração revela o encontro entre Marie Heurtin e a irmã Marguerite. Decidida em fazer com que a jovem surda e cega seja reintegrada ao convívio social, irmã Marguerite assume esta árdua tarefa.
Ao assistir mais uma vez este file, concomitante brotaram inúmeras reflexões e associações ao ato de aprender e ensinar.
Quando estou em sala de aula e me deparo com alunos com necessidades educativas, em muitos momentos alterno os papéis dos protagonistas do filme.
Ensinar...
Aprender...
Insistir...
Resistir...
Acessar...
Para juntos descobrir.
Ensinar o que julgamos necessário ao aprendente.
Aprender com ele e encontrar formas inovadoras que revelem o quanto é favorável, dinâmico quando nos é revelado o novo.
Insistir, persistir até quebrar as muralhas que separam o aluno do desejo de aprender.
Acessar, abrir portas, novas possibilidades, e é aí que entra a "linguagem do coração".
Ensinar ou despertar a curiosidade é muito mais que uma mera transmissão de conhecimento. Exige envolvimento, doação...
E isto não se aprende nos livros, nem na universidade.
É caractere intrínseco. Ouso dizer que é acessório que vem de fábrica, se nasce com ele.
Este filme aborda novas perspectivas sobre o aprender para ambas as partes: tanto para quem ensina, quanto para quem aprende.
Aprender, muitas vezes é morrer para o que julgávamos saber, é lançar-se ao incerto. É romper com o que somos, é desconstruir-se.
E quando chega ao final do filme há um diálogo incrível e comovente, em que Marie relata em LIBRAS à irmã Marguerite ( falecida), olhando para o céu cheio de nuvens sobre o aprendizado e convívio das duas.
Este momento final do filme emergiu à reflexão de que quando não estivermos mais com nossos alunos, porque eles avançaram para outra classe, eles levarão as marcas do aprendizado que ficou e também as lacunas da não assimilação e acomodação de tudo que foi trabalhado.

Isabel, a escola é o nosso primeiro espaço de convívio fora do seio familiar, é onde aprendemos a ser sociável, compartilhar, fazer amigos e nos apropriamos de conhecimentos necessários para continuar nossa caminhada acadêmica, e construir nosso futuro. O papel do professor é muito importante neste processo, cabe a ele, fazer que esta caminhada seja prazerosa e recheada de aprendizagens.
ResponderExcluirAbraços