A disciplina apresentada em nosso primeiro encontro, levou-me à
reflexões e inquietações.
Reflexões da minha e das infâncias com as quais trabalho. Afinal
"se o mundo é plural, porque as respostas deveriam ser no
singular?" É o que propõe como reflexão uma rede de escola particular, e a
frase prendeu-me de imediato e a linquei com a temática da disciplina.
Sem saudosismo, sou de um tempo em que o singular era-nos
apresentado como verdade absoluta, sem espaços ao pluralismo em seus conceitos.
A minha " Velha infância, cantada pelos tribalistas ( "...e a gente
não se cansa da gente brincar da nossa velha infância...") cercada da
possibilidade de liberdade , não é a mesma das crianças da atualidade e dos
nossos alunos. Liberdade ambivalente, respaudada pelo protecionismo e a
insegurança que circunda este período frágil da existência.
A infância como período biológico ´determinada pela faixa etária e
é comum à todos, porém apresentar o mundo às infâncias com as quais trabalhamos
observando a pluralidade de suas realidades é o desafio diário para todos nós.
Lembrei-me de um filme que assisti " A indomável sonhadora" que
retrata um modelo de infância as vezes muito próximo a nós.
Enfim, as reflexões propostas nesta disciplina vão ao encontro a
este período latente das crianças.