segunda-feira, 18 de abril de 2016

"O BRINCAR DA INFÂNCIA"


( Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=poema+:+O+brincar+da+infância&espv=2&biw=1280&bih=923&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahU, visto em 12 de abril de 2016)

Paloma Stella Amaral


No  poema acima, Paloma S. Amaral traduz em verso, a alegria e a satisfação do brincar na infância. Do brincar "sem ter muitas satisfações" (poema acima), só pelo brincar. O brincar descomprometido, mas que sempre traz componentes ocultos, subjetivos, inerentes ao aprendizado. É a aprendizagem revestida, maquiada de ludicidade, que torna-se irresistível às crianças. 
As estruturas motoras das crianças a impelem ao movimento, e a aprendizagem não é estática. Portanto uma complementa a outra.    
Ludicidade é a  forma de desenvolver a criatividade, os conhecimentos, através de jogos, música e dança. O intuito é educar, ensinar, se divertindo e interagindo com os outros.
Os conteúdos lúdicos são muito importantes na aprendizagem. É um meio favorável de incutir nas crianças a noção de que aprender pode ser divertido. As iniciativas lúdicas nas escolas potencializam a criatividade e contribuem para o desenvolvimento intelectual dos alunos.
Mas, o que é lúdico? 
Esta palavra vem do latim ludus, que significa exercício, conforme dicionário etmológico (http://www.dicionarioetimologico.com.br/ludico/). Portanto, propor atividades lúdicas é um recurso, uma estratégia insubstituível à ser usada como estímulo na construção do conhecimento humano, que atinge crianças, adolescentes e adultos.
A palavra evoluiu levando em consideração as pesquisas em psicomotricidade, de modo que deixou de ser considerada apenas o sentido de jogo. O lúdico faz parte da atividade humana e caracteriza-se por ser espontâneo, funcional e satisfatório. Na atividade lúdica não importa somente o resultado, mas a ação, o movimento vivenciado.
Portanto brincar e aprender poderiam andar lado a lado, alternando-se, para que haja um ótimo aproveitamento no processo ensino aprendizagem.


terça-feira, 12 de abril de 2016

"LITERAR"...É SÓ CONJUGAR



Literar... Ah! Se nos fosse possível conjugar. 
Usaria em todos os tempos verbais, pois ela (a Literatura) está presente desde os primórdios. Do pretérito a contemporaneidade, esteve presente abrilhantando com o jogo das palavras, desvendando para nós (meros mortais leitores) o universo das palavras.
Em tempos pretéritos, em meio aos povos e culturas que nos antecederam, deixou impresso a trajetória do pensar filosófico daquele espaço de tempo, que influencia e motiva a todos nós. E continuou evoluir ofertando-nos um vasto repertório com a marca da pluralidade de fábulas, contos, crônicas, etc.
Da Literatura Clássica (obras que sobrevivem a séculos, admiradas e estudadas em universidades e apreciadores em geral) à Contemporânea (de autores modernos deste século). Não podemos esquecer a Literatura de Entretenimento (geralmente escritos em forma de romance), também os escritos de auto-ajuda, os de Ficção (fatos fictícios) Biografias ( relato dos fatos da vida de alguma personalidade), Poesia, etc.
O interessante é que um tipo de literatura não se sobrepõe a outra, ao contrário, ambas permeiam em todos os tempos concomitantemente. A prova disso, é que o Correio do Povo (16 de abril de 2016, no Caderno de Sábado) trouxe uma edição Especial (título do caderno) sobre Shakespeare (obra, vida e releituras dos seus escritos). A reportagem faz menção a pluralidade e a contemporaneidade de sua obra, que se atualiza.
A literatura tem essas provocações, e como arte das palavras impacta nossas vidas. Também atualiza e transforma nossa forma de pensar.
Portanto, do pretérito ao tempo presente, jamais arrefecerá.Traz marcas e faz-nos conjugar a ação de ler, para podermos acima do tempo nos beneficiar.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

VER, OLHAR E SUAS IMPLICAÇÕES




Ver...
Olhar...
É a mesma coisa? 
Certamente não.
Ver é o relato do que se observa. É explícito, descreve o que vê, sem envolver sentimentos ou o que se pode realizar a partir do objeto ou situação observada. É imediato e desatento. Não envolve crítica e análise. Sugere a refração da subjetividade dos fatos do objeto observado. Evoca a espontaneidade do senso comum.
Olhar traz o refinamento, usa critérios, transcende a visão analítica das circunstâncias, é lento e remete a reflexão. A visão analítica usa meramente a lógica inicial da observação. O olhar vai além, interpreta a luz de uma concepção teórica, busca o entendimento sobre posições, estabelece relações.
Foi o que aconteceu com Jarbas Agnelli.
Lendo um jornal de manhã, deparou-se com uma foto de pássaros pousados em fios de luz (foto acima). Seu olhar atento deu novo sentido à posição das aves. Transformou-as em uma partitura. Os animais pousados tornaram-se em notas musicais que resultou em uma linda composição.
Tudo é uma questão de registro mental.
De um fato considerado corriqueiro, visto por milhares de pessoas em uma reportagem no jornal, seu olhar estabeleceu relações dos elementos apreciados e resignificou a ilustração do periódico, dando outra conotação e uma surpreendente interpretação artística.
Jarbas Agnelli, ao criar Birdson the wires (Pássaros nos fios), exemplifica a diferença entre o ato de olhar e ver.
Este estudo, instantaneamente me remeteu à sala de aula. Trabalho com o 5° ano, e frequentemente digo a turma que eu falo e eles não me ouvem, pois ao findar a explicação alguns me perguntam como se eu não tivesse dito nada anteriormente. A associação do ouvir e escutar se assemelha ao ver e olhar. São situações distintas, mas que se assemelham em seus conceitos e significações.
Aprofundando minhas leituras deparei-me com o conceito estabelecido por Márcia Tiburi (filósofa e artista plástica), que refere -se ao olhar como "colocar-se no lugar do outro", em uma outra posição que exige refinamento, interesse e uma dose de sensibilidade. É um debruçar-se em análise paulatinamente.
Enfim, são dois movimentos do mesmo gesto, mas que diferem, se contrapõe quando conceituados e analisados.