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A pluralidade da nossa identidade
Aprender a viver, é um dos maiores desafios da Humanidade.
Seja na família, na escola, no trabalho, ou no ambiente social, temos que aprender a conviver e a respeitar as diferenças e os diferentes. A vida é assim, cada um é diferente do outro e tem sua maneira de entender, enfrentar e realizar a vida, de orquestrá-la.
Afinal, são as diferenças que movem o mundo e impulsionam o progresso. No Brasil, existe uma enorme miscigenação de raças, culturas e religiões. Apesar disso, frequentemente acontecem atos incompreensíveis de algumas pessoas em relação aos negros, homossexuais, aos portadores de necessidades especiais, entre outros.
O preconceito sempre existiu, como na época em que os negros não podiam misturar-se com os brancos, assim como os analfabetos e as mulheres não podiam votar.
Em minha adolescência senti os efeitos de quem não tinha permissão de frequentar o clube que pessoas brancas tinham livre acesso. Tínhamos “nosso clube” e nos divertíamos muito. Mas lá havia uma diferença, as pessoas de outras raças podiam entrar e participar sem o desconforto do convite a retirar-se. Partilhei com a turma do 5° ano algumas experiências de preconceito e os incentivei a realizar relatos vivenciados ou que tenham presenciado. Foi um momento intenso de partilha e após passei um vídeo onde era evidente a situação de racismo. Como culminância, os motivei construir frases com a seguinte temática: “ Atitudes transformadoras” em vários ambientes como: escola, família, em casa e com os amigos. Desta proposta surgiram ótimas reflexões e um projeto que resultou em uma contação de histórias, oficina de criação ( desenho, recorte e pintura) e brincadeiras dirigidas para os alunos do turno integral. Tudo foi elaborado e organizado por meus alunos. Foi fantástico!
Todo e qualquer indivíduo tem seu jeito e suas particularidades. Dessa forma, todos devem respeitar o estilo de vida de cada um. Deve existir a compreensão da liberdade de expressão, desde que haja sempre o respeito. A partir disso será construída uma sociedade mais justa e igualitária, sem ofensas e rivalidades.
Aprender a viver com os outros, na escola, no lar, no trabalho, no clube ou em qualquer outro ambiente, é, talvez, um dos desafios mais intrigantes e instigantes deste século. Conviver, aceitar e respeitar as diferenças e os diferentes tem sido um desafio presente em todo ambiente social.
O desenvolvimento da compreensão do outro e a percepção das interdependências no respeito pelos valores do pluralismo, da compreensão mútua e da paz são desafios diários. “ Poderemos conceber uma educação capaz de evitar os conflitos ou de resolvê-los de maneira pacífica, desenvolvendo o conhecimento dos outros, das suas culturas, da sua espiritualidade?” – é a proposta lançada pela Unesco, em seu congresso de 1998, realizado em Paris, quando foi aprovado o Relatório Delors.
Penso que o diálogo é o meio mais adequado para o desenvolvimento dessa competência – aprender a viver juntos. O diálogo, onde discordar não significa gostar menos ou desrespeito ao ponto de vista ou posições do outro. Onde aceitar e conviver com as diferenças e os diferentes não significa concordar, mas acolher.
A “descoberta progressiva do outro” e a participação em projetos comuns é um dos caminhos apontados pelo Relatório Delors, que precisamos adotar em nossos processos de aprendizagem.
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Referências:
Link: doc.unesco.org/images/0010/001095/109590por.pdf
Link:https://www.youtube.com/watch?time_continue=7&v=IQF8mVF3j84(Antunes, Celso - Os quatro pilares da educação)
Link: https://www.youtube.com/watch?v=ykTVjILFy-I ( Alves, Rubem _ Aprender a ser)
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segunda-feira, 27 de novembro de 2017
A pluralidade da identidade
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