
A educação como direito deve ser estendida e garantida a todos, em detrimento a faixa etária que estiver o aprendente. Para suprir esta lacuna, esta demanda, surgiu a EJA ( Educação de Jovens e Adultos).
A Educação de Jovens e adultos (EJA) é uma modalidade que ultrapassa o ato de ler
e escrever, por essa razão, envolve questões complexas sobre as quais a sociedade e os educadores
devem refletir de forma crítica.
Os alunos jovens e adultos precisam aprender de forma contextualizada e com
vivências que se aproximem mais de sua realidade cotidiana, bem como, desenvolver o
senso crítico e a reflexão. Dessa forma poderão adquirir competências e habilidades e, resgatar suas vivências e conhecimentos prévios, valorizando o que já sabem e
incorporando os saberes escolares a sua rotina de forma a integrá-los na sociedade
letrada exercendo seu papel cidadão.
Nosso encontro na interdisciplina que aborda este assunto,foi como um divisor de águas rompendo com equívocos por mim estruturados, trazendo informações precisas e esclarecedoras sobre a aprendizagem que acontece nesta modalidade.
Como não tive a oportunidade de trabalhar ou observar uma turma com este formato de ensino-aprendizagem, pressupus que era só usar os recursos e metodologias aplicadas à alfabetização dos anoa iniciais.
PRESSUPOSTO EQUIVOCADO.
A EJA (Educação de Jovens e Adultos) é uma modalidade educacional
institucionalizada por lei, direcionada a indivíduos que não tiveram o acesso por algum
motivo a apropriação do ensino em idade própria. Entretanto, apesar dessa condição,
são pessoas que possuem sua cultura, seu conhecimento prévio, aspectos que devem ser
considerados ao planejamento desta modalidade. Podemos compartilhar a ideia da importância indiscutível de saber ler e
escrever por parte desses educandos. “Adultos em alfabetização, não adultos
analfabetos” (MOLL, 2004), e a partir disso estabelecer uma dinâmica de aprendizagem
que envolva um processo de reflexão, criticidade, com a leitura de mundo, pelo universo
de códigos escritos ou pelas tradições orais que fazem parte da cultura desses
indivíduos, como elucida Jaqueline Moll.
O papel do professor é de fundamental
importância, para a mediação no processo de reingresso e readaptação do aprendente às
turmas de Educação de Jovens e Adultos. Contudo, esse professor/a que orientará a aprendizagem, necessita também
ser comprometido de tal forma que identifique as habilidades e
competências, o potencial desse estudante, possibilitando o sucesso dessa aprendizagem
significativa, ajudando a reescrever sua história de vida.
Se de um lado temos, infelizmente, muitos jovens e adultos fora da escola, por
outro vivemos sobre a exigência da sociedade do conhecimento que acirra a
competitividade num mundo onde a tecnologia exige maior capacitação para o mercado
de trabalho.
Por esse motivo, os educadores que trabalham com a educação de jovens e
adultos precisam compreender que para eles a escola é muito mais que ler e escrever, é uma oportunidade de resgatar sua história, reconstruir o seu presente e
planejar o seu futuro, conquistando seus direitos e acabando com a exclusão.
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