segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Invictus

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"Eu sou o dono do meu destino...Eu sou o capitão de minha alma."
Do poema Invictus, veio a força inspiradora que levou Nelson Mandela suportar os longos 27 anos de cárcere em seu próprio país. A leitura silenciosa deste poema alimentou a alma e os ideais deste africano, que tinha ideais de liberdade ao seu povo.
Willian Ernest Henley, ao escrever o poema citado, jamais sonharia que os seus versos poderiam inspirar um homem com a grandeza de Nelson Mandela (o Madiba ou Dada, como era chamado pelos africanos) a suportar e superar com nobreza e mansidão o período que ficou impedido de exercer seu direito a manifestação contrária à segregação racial. Este homem manso e pacifista, com determinada determinação, levou sua pátria e compatriotas em torno do bem comum, do respeito a integridade humana, independente de raça ou credo.
Ao buscar o conceito de mansidão e ao compartilhá-lo com a turma, percebemos que ser manso, é o estado de alguém que tem controle e domínio sobre seu temperamento e atitudes, que tem paciência, controle da situação e domínio próprio. E isto foi realizado com maestria pelo ator principal do filme até presidir seu país.
Assisti inúmeras vezes o filme e o levei à minha turma no ano passado para assistirmos juntos e após fizemos um "roda de conversas cruzadas" sobre o filme que é biográfico. A atividade proposta foi intensa e enriquecedora. Os alunos posicionaram - se assertivamente sobre o tema central do filme. Foi um momento enriquecedor. Conversamos sobre preconceito racial, direitos civis e interação social. Como a proposta atingiu os objetivos, resolvi levar o filme a turma deste ano.
Inicialmente mostrei o filme e os instiguei a curiosidade sobre a história que circunda as questões étnico-raciais, políticas e culturais que tecem a teia que sustenta todo o filme. Também fiz a leitura pausada e articula do poema Invictus, que intitulou o filme e, eles apreciaram. E surtiu resultado positivo, pois por meio de votação a maioria decidiu que olharíamos o filme (2009). O "cine comentado" aconteceu com momentos de interrupção para que conversássemos e os alunos se manifestassem positiva ou negativamente sobre as cenas do filme. Os alunos enriqueceram com relatos vividos ou presenciados em seu cotidiano.
Ao final fizemos uma avaliação com saldo positivo.

Referências:
Segue o link com a narrativa do filme que o poema é descrito no anexo.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

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Teoria do Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget, abordando o desenvolvimento Intelectual (os esquemas mentais) e os estádios cognitivos; o segundo apresentará definições e dados sobre as Dificuldades de Aprendizagem; o terceiro irá discorrer sobre as Provas Operatórias de Piaget, denominando tipos, finalidades e objetivos; o quarto tratará de estudos de pesquisa e avaliação envolvendo as provas operatórias e por fim, serão apresentadas considerações finais e as referências bibliográficas que serviram de fundamento para o desenvolvimento dessa pesquisa.
Jean Piaget, considerado um dos mais extraordinários pesquisadores aclamado na área de educação e pedagogia, na verdade, não demonstrava interesse primário na área da educação. O que o diferenciava dos estudiosos de sua época era que enquanto, estes pesquisavam o conhecimento apenas como um fato - uma cópia dos objetos - Piaget buscava descobrir o processo de desenvolvimento das estruturas do pensamento e do conhecimento humano. Para ele a sabedoria/inteligência humana se formava a partir da interação com o objeto (físico ou social) de onde resultava o conhecimento advindo de um processo de assimilação/interpretação desse objeto.
Nesse intuito, ele voltou sua atenção para a investigação da origem do conhecimento e do processo envolvido na transição de um conhecimento mais simples para um mais complexo e organizado. Para isso, utilizou o desenvolvimento da criança como ponto de partida. Piaget postula que a criança nasce com uma bagagem biológica e hereditária que em contato com o meio, transforma-se e molda-se na inteligência (PIAGET, 1998). A partir desse pensamento, procurou pesquisar o desenvolvimento cognitivo da criança sob a perspectiva de uma evolução progressiva.
Sendo assim, ele elaborou um método próprio de pesquisa - o método clínico - e aplicou-se a investigar o desenvolvimento infantil e a construção da inteligência. Além disso, por suas teorias e escritos ajustarem-se integralmente ao desenvolvimento da inteligência e a construção do conhecimento da criança, acabou por revolucionar a pedagogia. Contudo, o interesse que movia suas pesquisas na verdade, sempre foi epistemológico. Valendo-se da biologia, da psicologia, da sociologia e da epistemologia, desenvolveu diversos campos de estudos científicos, como a psicologia do desenvolvimento, a teoria cognitiva e ainda, a epistemologia genética – compilação de suas pesquisas.
A Epistemologia Genética pode ser explicada como o estudo dos mecanismos de formação do conhecimento lógico – noções de tempo, espaço, objeto, etc. – e da gênese (nascimento) e a evolução do conhecimento humano.
Com a Epistemologia Genética, Piaget procurou mostrar as relações dinâmicas entre a aprendizagem e desenvolvimento. Através de suas pesquisas, constatou que o aprendizado era um processo no qual a criança gradativamente vai se aprimorando a medida que ultrapassa níveis mais complexos do conhecimento. Sua teoria pressupõe que os seres humanos passam por uma série de mudanças ordenadas e previsíveis, as quais denomina, estádios ou períodos de desenvolvimento. A teoria abrange o processo de conhecer as etapas pelas quais o ser humano passa à medida que vai adquirindo conhecimento. Segundo Ciasca (2003, p 81),
[...] o desenvolvimento cognitivo, segundo Piaget desde os seus primórdios, é uma construção contínua, empreendida pelo próprio sujeito a partir de sua interação com seu meio (físico e social), que formará estruturas cognitivas cada vez mais complexas.
Para explicar o desenvolvimento intelectual, Piaget postulou que os atos biológicos são atos de adaptação ao meio físico e organizações do meio ambiente, sempre procurando manter um equilíbrio (WADSWORTH, 1998, p. 7). Esses estádios, responsáveis por mudanças nas estruturas cognitivas, derivam-se da interação do individuo com a realidade, na medida em que ele busca organizar seus conhecimentos, adaptando e modificando seus esquemas de assimilação e acomodação para finalmente atingir o equilíbrio
Referências:
ANDRADE, A. S. desenvolvimento de testes padronizados baseados em provas plagetianas: revisão bibliográfica. Arq. bras. Psic. Rio de Janeiro 36(3):3-23 juI./set. 1984. Disponivel em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/abp/article/view/

AUTORES DO CONHECIMENTO

 Momentos da aula invertida

Para a realização da proposta, alguns alunos inverteram, colocaram ao contrário as camisetas para compor o cenário no momento da apresentação.
Ao término fizemos uma avaliação da proposta e das apresentações e , os alunos chegaram ao consenso de que foi divertido e inovador.Alguns relataram que sentiram um desconforto inicial,mas após superaram.



Referências:

MULTIPLICANDO IDEIAS

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"O professor é aquele que faz duas ideias crescerem onde antes só crescia uma." Elbert HubbardProfessor é um ser inventivo e adaptativo, quase um camaleão que se molda no meio que está inserido para transformar seus alunos em aprendentes em potencial.O século XXI, aponta uma visão educacional que apresenta grandes mudanças em um mundo globalizado, sinalizando de que o professor precisa atualizar-se constantemente e buscar apropriar-se de conhecimentos múltiplos para dar suporte as "Inteligências Múltiplas (Gardner, Howard). Também requer do professor uma grande quantidade de ideias, de habilidades nos procedimentos , nas estratégias de ensinar, de manejo com os alunos e ótimas atitudes, valores, hábitos e condições para o ensino. Uma concepção moderna da tarefa do professor requer não apenas ampliar certas fórmulas e práticas educativas, como também o estímulo à autonomia, capacidade de decisões assertivas e a criatividade. Em seu livro Inteligências Múltiplas, Gardner, enfatiza as ideias fundamentais que desencadeiam uma revolução na aprendizagem e mostra como elas podem ser aplicadas em sala de aula onde se espera que os alunos pensem.O aluno necessita de incentivo e estímulos para enfrentar o trabalho que lhe é proposto. É necessário que o professor conheça  a relação do aluno consigo mesmo e com os demais e, concomitante oferecer informações que o ajude a superar os desafios escolares. Procuro manter a rotatividade de ideias e criatividade para manter meus alunos interessados e com a expectativa da espera de como será o próximo dia de aula.Após conversar com o professor de Geografia sobre aula invertida, senti o desejo de adaptar a proposta à minha turma e realizei uma manhã em que os alunos em dupla escolhessem um assunto ou tema de qualquer área do conhecimento já estudado, explorado ou não em nossos encontros matinais e apresentassem à turma.Inicialmente sentiram-se inseguros e alguns manifestaram a recusa em participar. Aos poucos fui tecendo o convencimento de que a participação de todos seria imprescindível para o bom andamento e relembrei uma frase que constantemente digo: " ninguém sabe tudo o tempo todo'. Após a formação das duplas, as escolhas e a preparação do assunto que seria abordado, realizamos o sorteio e iniciamos as apresentações. as primeiras duplas iniciaram timidamente as apresentações usando o quadro branco, livro e explicando o conteúdo selecionado. Uma dupla explorou um conteúdo desconhecido e agregou conhecimento novo à todos nós. Foi incrível!Tivemos uma manhã divertida e enriquecedora onde os papéis foram invertidos. Eu desempenhei o papel de aprendente e os alunos de instrutores do conhecimento.  
Referências: 

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Aula invertida

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Sem a passividade da aprendizagem





Estudos sugerem que modelo possibilita aprendizagem mais eficaz.


Eis o princípio por trás da metodologia da “sala de aula invertida” (Flipped Classroom, em inglês), que propõe a inversão completa do modelo de ensino. Sua proposta é prover aulas menos expositivas, mais produtivas e participativas, capazes de engajar os alunos no conteúdo e melhor utilizar o tempo e conhecimento do professor (retirado do linck).
O aluno passa de agente passivo à ativo, de autor a coautor de todo o processo. Ideia inovadora na área da aprendizagem.

Referência:
Linck: http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/como-funciona-a-sala-de-aula-invertida/

Ao mestre com carinho


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Alguém em que eu possa confiar...e me inspirar.

Alguns professores inspiram e nos fazem transpirar à aprender, insistir e persistir. Outros impactam nossa vida muito mais que possamos imaginar.
O professor inspirador vai além de exercer as funções pedagógicas e de liderança. Principalmente ao longo do ensino básico, professores-líderes têm o poder de despertar o melhor de cada aluno, quebrar pré-conceitos e mudar concepções de vida. Alguns filmes exploram esta abordagem dinâmica e encantadora de professores que conseguem influenciar positivamente seus alunos e até mesmo os ajudam a reescrever uma nova trajetória cheia de novas expectativas.
Aos meus 14 anos de idade, em Santa Cruz do Sul, minha cidade natal, entrei pela primeira vez  e assisti meu primeiro filme no cinema. O filme assistido foi "Ao mestre com carinho " com Sidney Poitier.
Este filme britânico de 1967, que retrata questões sociais e raciais em uma escola localizada em uma comunidade pobre de Londres, impactou-me instantaneamente e ao deixar a sala do cinema determinou minha trajetória como professora em sala de aula. Desde então, da sala do cinema à sala de aula tenho tido grandes batalhas ao tentar exercer com maestria a dinâmica pedagógica. Entre ensaios, erros e acertos aplico minhas "pensatas pedagógicas" (Cortella) e recolho resultados inspiradores. 
Parto da premissa que " todos os homens têm naturalmente um impulso para adquirir conhecimento" (Aristóteles) e invisto em ideias que promovam o despertar e favoreçam a criatividade, a criticidade e o anseio por aprender.
No livro, Ao professor, com meu carinho, Rubem Alves mostra que a tarefa primordial do educador é seduzir o aluno para que ele deseje, e desejando, aprenda. O autor quer também seduzir o professor à plena realização do exercício de sua profissão. 
Sinto-me realizada quando estou em sala de aula e recebo feedback dos meus alunos quase que diariamente. Eles me surpreendem dizendo que amam a forma como apresento os conteúdos, tornando-os "fáceis" e lúdicos quando possível. Também me disseram que ao longo deste ano aprenderam mais do que nos últimos anos de estudo. Também recebo cartas, bilhetes e as vezes escrevem no quadro o quanto gostam de mim. Este ano tenho em sala de aula um aluno que faz meu autorretrato e diz que teve que esperar anos para ter uma professora como eu. 
Sinto-me lisonjeada...A imagem pode conter: desenho




Referências: 

Ao mestre com carinho, Poitier, Sidney- filme
Pensatas pedagógicas, Cortella, mario Sergio
Ao professor, com meu carinho, Alves Rubem









quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

UM OLHAR SOBRE A SUBJETIVIDADE

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Negação da subjetividade

Entende - se por subjetividade o espaço íntimo do indivíduo, como se relaciona e assimila o mundo social que o circunda, suas opiniões e posicionamentos. A formação do indivíduo quanto a construção de suas crenças e valores, é território intrínseco que nos faz únicos, ninguém é parecido com ninguém, somos individuais em nosso pensar e agir e ser.
Nossa subjetividade é formada a medida em que vamos nos construindo a partir da vivência das experiências de nosso contexto social, familiar e cultural. Ao mesmo tempo em que nos faz únicos, pode nos igualar a uma formatação segundo os padrões estéticos e estereótipos estabelecidos por padrões e convenções sociais. Na medida em que nos relacionamos com o que está em nossa realidade proximal ( emoções, pensamentos, fantasias, sonhos, etc.) construímos características que nos fazem ser o que somos, se não uma projeção. A subjetividade é o mundo interno de todo e qualquer ser humano que interage, assimila, acomoda e relaciona - se com o que circunda ( meio social e familiar). 
A etmologia da palavra subjetividade oriunda do latim subjectivus ( subicere: "colocar sob" + jacere: "atirar, jogar, balançar"). A subjetividade na psicologia foi conceituada a partir das inquietações do sujeito, de modo que pensadores foram levados a sintetizar a questão na contraposição entre características internas e externas. 
A Gestalt, teoria do fim do século XX (defende que para se compreender as partes é preciso antes compreender o todo) considera  o comportamento humano como um todo possuidor de unidade , sendo uma das escolas que intensificou o interesse nos estudos do desenvolvimento da personalidade. Trouxe esta reflexão porque em meu cotidiano escolar observo, avalio e convivo com meus alunos tendo em vista estas  facetas.
Na teoria do do conhecimento, a subjetividade é o conjunto de idéias, significados e emoções que, por serem baseados no ponto de vista do sujeito , são influenciados por seus interesses e desejos particulares. 
Do ponto de vista da sociologia, a subjetividade se refere ao campo de ação e representação dos sujeitos, sempre condicionados a circunstâncias históricas, políticas e culturais.
Estes prismas induzem a reflexão da subjetividade humana e me reporto ao manejo em sala de aula e avaliar como interajo com a matéria prima que tenho em sala de aula, que são os meus alunos.
Através da nossa subjetividade construímos um espaço relacional, ou seja, nos relacionamos com o outro. Este relacionamento nos insere dentro de esferas de representação social em que cada sujeito ocupa seu papel de agente no  meio que está inserido.
A interação entre a Psicologia e a Educação surgiu da necessidade de avaliar e explicar aspectos relevantes do processo de aprendizagem e subsidiar o planejamento e desenvolvimento de estratégias e ações pedagógicas.
Considerando que a educação está relacionada às mudanças intrapsicológicas (plano individual de uma pessoa), torna-se importante o estudo da psicologia e a sua aplicação na área de educação, pois contribui positivamente para a melhoria da educação devido á possibilidade de estimular a comunicação e fortalecer as relações entre o educador e o educando; tornando-se essencial para a fundamentação científica do ensino e da educação e dentre vários fatores que validam a importância do estudo:
Também surgiu da necessidade de conhecer profundamente a criança e seu processo de desenvolvimento.
A compreensão dos fenômenos educativos através da utilização e aplicação de princípios, métodos e conhecimentos pedagógicos.
Estabelecer relacionamentos de forma eficaz dentro e fora do ambiente escolar possibilitando o desenvolvimento cognitivo e psicológico do aluno.
A nossa subjetividade não é inata em virtude de fazer parte do nosso universo interno, é o resultado do desenvolvimento pessoal uma característica adquirida no decorrer da história humana, através da soma de aprendizados o que inclui: pensamentos, emoções conscientes e inconscientes e sentimentos; bem como as mudanças internas ocorridas a partir da interação com o outro o que nos leva a repensar nossa maneira de enxergar o mundo, as nossas atitudes diante de determinados fatos ou diante da própria vida, fatos estes que contribuem para a formação e consolidação da nossa identidade.
Referências:
Link: https://graciapassos.wordpress.com/2009/09/01/sobre-a-subjetividade-humana-e-a-psicologia-da-educacao/
Link: https://www.google.com.br/search?
Link: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=309326391020